O Efeito Roger
1/... (até terminar)
Pois é,
poderia ser Leandro, Antônio, Diego, João, Roberto... Não importa o nome. Poderia ser Ana. É, por quê não um nome feminino? Afinal, não são os americanos que colocam nomes femininos nos seus furacões? Nós até já colocamos um nome feminino no nosso primeiro furacão: Catarina. Muito mais por ser feminino, e por um ato de imitação, do que pelo estado mais atingido. Poderia ser Maria Clara, Ana Carolina, Ana Roberta... Enfim, o nome não importa. Poderia ser Afonso. Não. Não daria meu nome para isso. Muitos cientistas dão seus próprios nomes para as suas descobertas. Ou as descobertas acabam levando seus nomes. As Leis de Newton, e tantas outras são exemplos clássicos disso. O nome não importa. É Roger e ponto. Roger da Silva. Bem comum. Devem existir milhares deles por esse Brasil afora. Assim ninguém vai poder sentir-se atingido.
E por falar nisso, importa que se diga, como em Hollywood, que qualquer semelhança com fatos ou pessoas da vida real terá sido, ou é, mera coincidência. Ou seria melhor dizer que “o relato baseia-se em um caso verídico” e terminar contando que fim levou a personagem na vida real? (que eu, talvez, jamais venha a saber qual será? – e confesso: não estou nem um pouco interessado em saber!).
A história? Bem, a história é dessas histórias de criança. Acontecem quando a gente é criança. Acontecem na escola. Na sala de aula ou no recreio. Para que sejamos fidedignos (lembrem-se: é mera coincidência), essa se passa na sala de aula.
Então, sentem-se. Peguem as pipocas e o refrigerante. As luzes já se apagaram e o Roger ruge. Ops, isso é mais tarde. Por ora é o leão da Metro que está rugindo...