CLARISSA
Lilypie Baby Ticker

terça-feira, março 29, 2005

De tudo um pouco...

Pois é

Alegria? Acordar todos os dias. Trabalho. Lazer. Voltar pra casa. Dormir. Isso aí: a vidinha simples e diária. Houve um tempo em que pensava que ganhar o prêmio Nobel de Física me daria alegria. Hoje, quanto mais anônimo e na minha, maior a alegria. A mulher, a filha e, agora, o pimpolho que anda chutando a barriga da mãe. Alguns amigos, a cervejinha, uma musiquinha, não dispenso o cigarrinho, a chuva, o sol, o verão, regar as plantas. Simples. Quanto mais simples melhor, maior a alegria. Ah, e sem falar na lazanha da Kaya. Aliás, tudo o que ela faz.


Medo? Um único: a incapacidade física, principalmente a visual. Sou voyeur do mundo. Admiro por demais as pessoas que não podem ver o mundo. As cores, as tonalidades, a cor do ar na primavera ou no outono. O mar do Ceará e o verde dos pampas. Não poder sonhar em cores. Dizem que a natureza compensa; não gostaria, sinceramente, de saber por experiência própria que isso é verdade.


Nojo? De gente hipócrita. De gente que me tira a alegria que é trabalhar. De gente que pisa nos outros apenas por pisar, por inveja. De gente que faz do complicar o lema de vida, que não vê a simplicidade e o equilíbrio. De gente que dá choque em cachorro. De gente que faz da política um meio para fazer mal ao povo. E pra não dizer que só tenho nojo de gente, tenho nojo de espinafre, de bife de fígado e de beringela também.


Tristeza? Pelo Grêmio na segundona. Por não entender porque o Tsunami devastou a Indonésia e não a Casa Branca. Por não ter nascido na época das viagens interestelares; por não ter nascido hobbit. É tão grande a tristeza, quando olho pelo mundo...




As fotos foram escaneadas da revista National Geographic Brasil, edição de março de 2005.