CLARISSA
Lilypie Baby Ticker

sexta-feira, maio 13, 2005

Comentários aos comentários

Pois é,

Alguns comentários aos comentários ao post anterior.

Sempre achei, Viva, que devemos nos arrepender do que não fazemos. E se tenho o que tenho é por pensar assim. Vou mais longe. Quem tenta, tem 50% de acertar; quem sequer tenta, tem 100% de certeza de que nunca irá saber.

Não sei, não, Darth. A vida é como uma curva normal. Há um momento em que atingimos o ápice. Nesse exato momento é que se estabelece o "Ponto de Mutação". É nesse exato momento que podemos mudar a vida ou seguir pela descendente da curva. E isso não tem nada a ver com a idade. Veja o que diz o I Ching:

"Ao término de um período de decadência sobrevém o ponto de mutação. A luz poderosa que fora banida ressurge. Há movimento, mas este não é gerado pela força... O movimento é natural, surge espontaneamente. Por essa razão, a transformação do antigo torna-se fácil. O velho é descartado, e o novo é introduzido. Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando daí, portanto, nenhum dano".

As medidas da vida se harmonizam no topo da curva normal.

E aí entra a zona de conforto, monica e Luma.

No meu caso seria trocar mil por dez. E a pequeninha que vem por aí? Criá-la com mil nesse mundo pós-moderno-maluco ou criá-la com dez na beira da praia? Seria justo com ela, tendo mil, dar a ela dez? Talvez seja melhor, com os mil, oferecer-lhe a melhor educação de modo que ela possa descobrir o mais cedo possível o seu ponto de mutação. E que tenha a coragem para mudar, que perceba e viva pelas palavras do Castañeda:

"Um caminho é somente um caminho.
E não há ofensa alguma, para si ou para outros, em abandoná-lo se é isto que nos manda o coração.
Olhe cada caminho com muito cuidado e atenção.
Tente-o muitas vezes, tantas quantas julgar necessário.
Só então pergunte a você mesmo - e só a você mesmo:
- Possui este caminho um coração?
Em caso afirmativo, o caminho é bom.
Caso contrário, não tenha medo de abandoná-lo
".

Embora meu caminho tenha um coração, eu acho que já passei do meu ponto de mutação. Não é uma questão de zona de conforto.

Por sorte algumas oportunidades ainda têm cabelo, Yvonne. Discordando um pouco, diria (já ouvi dizer que isso é do Schopenhauer) que não se agarra oportunidade; oportunidade a gente cria.

Edu, permita-me dizer, aproveitando o tema do coração: coração de mãe sente mais do que ousa sonhar tua vã razão. Não faça como muitos que conheço, que esperam a mãe morrer para viver. E quem sabe não estejas postergando para uma próxima encarnação aquilo que tua mãe poderia resolver nessa? Tu és um cara legal. Aprendi a gostar de ti e das tuas visitas. Vai fundo, meu, faz como a Ana: tenha "coragem pra mudar uns rumos e outros...". Sei bem Ana, ou melhor, não sei, imagino. E não há prazer melhor na vida do que poder dizer, depois de uma mudança: "só aprendi com tudo".

É, acho que a monica tem razão: "Acho que vc tbem engravidou". A gravidez tá me deixando muito sensível, apaixonado e confuso nos posts.

Esse blog precisa mudar. "Vou dar porrada". Massaranduba que se cuide!