CLARISSA
Lilypie Baby Ticker

sábado, maio 07, 2005

Dia das mães, as fases da vida e outros assuntos

Pois é,

Pra quem não sabe, estou no terceiro casamento. A primeira não queria ser mãe. A segunda foi, mas parece que não se convenceu muito no início (quiçá até hoje). Quem cuidou da Fernanda até a separação (quando a Fê tinha quatro anos) praticamente fui eu. Não falo pra me convencer, é apenas um fato. Sei bem o que é ser mãe no dia-a-dia. A terceira, a Kaya, por razões que fogem ao contexto do post, não tinha podido, até então, realizar o desejo de ser mãe. Conheço os três lados da moeda. Quem não queria (e pelo que sei até hoje não teve) ser mãe; quem foi, mas parece que não nasceu pra isso e quem, tendo nascido pra isso, não havia conseguido realizar. Essas são as fases da vida.

Dentre os "outros assuntos" do título, coloco a seguinte questão para análise: a Renata, do Kit Básico da Mulher Moderna, tem feito uma série sobre a "Mulher Moderna". Vários bloguistas/bloqueiros (não vou entrar na discussão) conhecidos e famosos na blogosfera foram convidados a escrever sobre o tema e escreveram. Legal. Mas, e o que é ser um homem moderno? Não vou convidar ninguém a escrever sobre isso, pois não me sinto com intimidade suficiente com a turma da blogosfera para tanto; e nem sou tão conhecido assim. Se alguém, no entanto, quiser escrever algo a respeito será bem-vindo.

A Kaya foi ao Centro comprar um "sortidinho" básico pra Clarissa. Sortidinho era o que eu imaginava. Voltou com mais da metade da loja dentro de cinco enormes sacolas. Tive que descer para ajudá-la a subir com as "necessidades básicas", nas palavras dela. A vida nos reserva surpresas.

Alguém já viu os olhos de uma mulher brilharem de felicidade? De pura realização? Quem já viu sabe. É algo que não se descreve com palavras.

Pra mim o dia das mães é hoje. Hoje eu vi o que é ser mãe. E me senti parte disso. Descobri uma das razões pelas quais encarnei nessa vida: ser veículo. Ser o veículo que transporta alguém para a realização.

Não sejamos rasos, por favor. Não é pelas compras. É mais que isso, óbvio. Enquanto escrevo esse post ela está lá, guardando tudo. Peça por peça. A cada uma ela me chama: "Afonso, olha que lindo isso aqui"; "Afonso, precisamos comprar mais cabides"; "Afonso, pega isso, sente a fofura"; e por aí vai. Coisas que só mãe sabe. Eu não sei, só vejo os olhos brilhando. É o que me basta para chegar no céu e, se São Pedro me perguntar o que fiz para merecer entrar no céu, responder: eu vi os olhos dela brilhando.

Pra quem já viu os olhos de uma mulher brilhando: feliz dia das mães.