CLARISSA
Lilypie Baby Ticker

terça-feira, março 15, 2005

Esse tal de "About Me" aí de cima...

Pois é,

Não sou da área da comunicação (jornalismo, publicidade, etc.); não sou advogado; não entendo de literatura, informática, música e artes em geral. Detesto ficar duas horas sentado olhando pra tela do cinema. Vejo os filmes em casa, deitado. A desvantagem é não poder participar das rodinhas que fazem comentários sobre os filmes. Mas não morro disso. Leio, escuto, vejo e, mal e porcamente, digito. Só! Não sei escrever. Isso já deu pra ver. Ah! Sem esquecer que falo pelos cotovelos. Digo o que tenho que dizer da maneira mais curta e direta. Sofro críticas por isso. Não faço rodeios pra chamar alguém de boçal, imbecil ou seja lá do que for, se é isso que penso. Também elogio sem rodeios. Defendo minhas idéias com unhas e dentes; e por isso, talvez, me chamem de chato.

Penso até que já passei da idade de ter blog. Mas dessa não tenho culpa. Afinal, blog é coisa recente. E não que exista idade para se ter um blog.

Não viajo pelo mundo e nem moro fora do país. Mal e mal vou sobrevivendo nesse clima desgraçado de Porto Alegre – mais até por falta de coragem de ir embora do que por gostar, embora goste.

Sou funcionário público, com formação em Administração de Empresas. Trabalho no ramo, o que é coisa rara na atividade pública de um país que tem gente PhD como “condutor de veículo de deslocamento vertical”.

Se escrever sobre administração e serviço público, perderei os poucos renitentes que ainda me oferecem a oportunidade de um comentário vez por outra. Por outro lado, não levo jeito pra guru de administração. Não nasci americano, não sou psicólogo e não sei vender.

Mas sou feliz. Num país miserável com os índices de analfabetismo e fome batendo recordes, tive e tenho de tudo o necessário; além de seis gatos, uma filha(15), um pimpolho(a) que já está com 4,8cm e, é claro, a mulher, que se não fosse o fato de estar pagando os seus pecados, já teria me deixado. Das duas uma: ou vou morrer cedo e ela já sabia disso, ou pelo jeito a dívida deve ser grande, pois prometeu “até que a morte nos separe”.

Duas coisas me fazem mal e me afastam das pessoas: injustiça e hipocrisia. Elas se alternam no primeiro lugar. Atualmente a hipocrisia está na frente. Até porque anda generalizada. E hipocrisia conduz, necessariamente, à injustiça. Pessoas hipócritas são injustas; o inverso nem sempre é verdadeiro.

Por isso criei o Índice do Chato. Para medir a injustiça e a hipocrisia.

No más, como se diz por aqui, vou levando. Minha cervejinha, meu cigarrinho e, agora, o blog.




Dois lados de duas moedas


Pois é,

O Direito tem dessas coisas. Notícia:

"O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decidiu nesta segunda-feira pedir informações à Justiça e à Polícia Federal sobre a deportação para os Estados Unidos do americano Jesse James Hollywood, um dos fugitivos mais procurados pelo FBI. Hollywood foi preso há uma semana, no Rio.
Segundo os jornais O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e conselheiros da OAB criticaram a ação e disseram que ele tinha o direito de responder a processo de extradição antes de ser entregue. Na sexta-feira, o Ministério da Justiça pediu informações à PF sobre a deportação.
"A PF agiu na mão grande. No arrepio da lei", afirmou o conselheiro da OAB Alberto Zacharias Toron, relator do caso. Chefe da Interpol no Rio, o delegado Wanderley Martins disse que agiu dentro da lei."


Dá pra imaginar um cidadão, trabalhador, pai de família com esse nome Jesse James Hollywood? Dá! O Brasil tá cheio de Maicon, Daiana, Severino, Donaldo, Afonso... e todos pais/mães de família.

O que não dá pra imaginar é que nossos causídicos e ministros percam tempo querendo aplicar a lei pra cima de bandido americano. E não em qualquer um, simplesmente num dos mais procurados pelo FBI. Aí fica mais fácil criticar a nossa PF. Bandido brasileiro, que é bom, esse continua solto, fazendo rebelião. Dos infantes aos adultos.

Será que esses putos, além de não fazerem nada de útil pelo país, não poderiam pelo menos calar a boca?

Sobe o índice pela hipocrisia da espécie homo iudice brasiliensis.