CLARISSA
Lilypie Baby Ticker

sábado, maio 21, 2005

Imitação barata

Pois é,

Entrei num blog (não lembro qual) que o autor costuma postar colocando a hora entre colchetes. Vou fazer isso hoje, pra não ficar colocando vários posts. Um postão, na verdade. (PS tardio: descobri onde foi: no Nemo Nox, por um punhado de pixels)

[20:35] De cigarros e marcianos. Estão lá na Luma, ambos. O pior de ser fumante nos dias de hoje é ser considerado um extraterrestre, um alienígena malvado que deve ser exterminado, um marciano que invade a Terra tentando por fim na pureza de vida dos não fumantes.

Está virando moda sair por aí criticando os fumantes. Uma coisa é fazer um post informativo como o da Luma, outra é ficar rotulando os fumantes com adjetivos nada agradáveis de serem ouvidos. Isso faz tanto mal quanto ser fumante. Mais, o cigarro mata apenas quem fuma, o ser "politicamente correto" pode matar milhões de pessoas. É o fundamentalismo da "saúde", que pode virar facilmente qualquer outro tipo de fundamentalismo.

Está na hora de começar a respeitar quem fuma como seres humanos que são e não extraterrestres. Está na hora de respeitar a inteligência dos fumantes e parar de tratá-los como se não soubessem que cigarro faz mal. Parem de ser prepotentes achando que sabem mais que os próprios fumantes o quanto o cigarro faz mal.

Está na hora de tratar os fumantes como pessoas que precisam de ajuda e nao de críticas ou de serem tratados como párias. Faça algo de útil para um amigo seu que fuma. Não critique nem se afaste dele. Vá numa farmácia e compre uma cartela de Zyban, uma caixa de adesivos e dê a ele como presente. Não diga que o cigarro faz mal, ele sabe melhor que você sobre isso. Pergunte se ele tem vontade de parar. Se ele disser que sim, converse apenas. Quem sabe você não pode ser a ajuda psicológica de que tanto ele precisa e talvez nem saiba?

Seja amigo de um fumante e não mais um a escorraçá-lo.

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[17:10] Vocês já comeram o talharim à Valenciana da Kaya? Não!!!???? Que pena. Eu comi. Até a Clarissa dava pulos na barriga dela de tão bão, hehehe.

[16:40] Uma das regras básicas do feedback diz que não se deve analisar as pessoas e, sim, suas ações ou idéias. O máximo cuidado. Deve-se mostrar que isso ou aquilo pode não ter sido a melhor coisa a ter sido feita ou que determinada idéia pode não ter sido adequada ao momento. Jamais criticar a pessoa. É difícil, principalmente porque estamos acostumados a levar tudo pro lado pessoal. Dar feedback é uma arte.

Já vi gente defendendo a idéia de que somos o que fazemos e o que pensamos; logo, se criticas o que faço ou penso, estás a me criticar. Nada mais falso. E é falso porque as pessoas que costumam criticar o fazem de forma a atingir as pessoas e não seus atos e idéias. Atos e idéias, no mais das vezes, são condicionados pelas circunstâncias. São contingenciais. Somos múltiplos; representamos papéis conforme a necessidade de sobrevivência; conforme o meio ambiente nos exige. Isso é básico. Mas se é tão básico, porque não lembramos disso ao "analisar" as pessoas?

Uma das técnicas (se é que se pode chamar isso de técnica) para lidar com pessoas é a empatia. Entrar na pessoa; ver como ela vê; sentir como ela sente; tentar vivenciar as experiências dela como se ela fossemos. Empatia não é o que costumeiramente vemos por aí, "se dar bem com alguém". É mais. É ver com os olhos da outra pessoa. É difícil. Por isso tanta confusão nas organizações humanas.

Por que falo disso? Primeiro, porque estou esperando o manjar. Segundo, porque me lembrei que, dentre tantos problemas que fui resolver, um deles dizia respeito a perceber como é que as outras pessoas sentem o mundo. Uma certa chefia reclamava que dava seu sangue para a instituição e que estava indignada pelo fato de que os servidores não faziam o mesmo. Terceiro, porque continuo cheio de coisas pra fazer e continuo fugindo delas (a Kaya até fez um listinha). Quarto, bom, a Kaya chamou... está pronto. Que surpresa será?

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[16:00] O que eu faço por aqui, num dos dias mais lindos que Porto Alegre já teve? Sol, temperatura de outono prenuciando o inverno? Tem gente que precisa ir para os parques para tomar sol. Eu não. Tenho sol dentro de casa e não é a Kaya, é o sol mesmo, se bem que ela me esquenta tanto quanto. Desde que nasce até o poente, o sol está aqui dentro. Pela manhã, na cozinha e na sala; a partir do meio-dia no quarto e no escritório. Agora mesmo escrevo sob o sol. E tenho minhas plantas e meus gatos. A natureza completa aqui e agora. Pra que sair? Putz, devo estar ficando velho, acomodado. Trocar a rua pra ficar em casa, eu e a Kaya, conversando, ouvindo música, tomando um vinhozinho, brincando com os gatos, et coeteras de quando em vez que ninguém aqui é padre, entre umas e outras escrever alguma bobagem por aqui. À noite, tenho vista para o caminho do sol e todas as constelações zodiacais desfilam na minha frente. A lua, em todas as suas fases, passa lentamente por nós. Vejo tudo daqui. E o que não vejo ao vivo, vejo por aqui. E, enquanto espero mais um manjar da Kaya, vou ficar aqui, debaixo do sol, tomando meu vinhozinho, esperando por mais alguma bobagem pra escrever. Devo estar ficando velho.

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[14:45] Não me lembro se já comentei por aqui, mas sou Administrador, trabalho em uma instituição pública (podem falar mal do serviço público e dos servidores, não me importo. Porém, feedbacks sempre serão mais bem vindos. Não gosto apenas daquelas pessoas, infelizmente a maioria, que só sabem criticar e não apresentam alternativas, que não se propõem a ajudar com boas análises e soluções) na área de desenvolvimento organizacional. Sou dos que acreditam piamente que é possível termos uma administração pública que produza bons resultados e faço meu esforço exatamente por acreditar nisso. E por bons resultados entendo uma única coisa: vida digna e saudável para a sociedade brasileira.

Não é discurso político, não, pois é na prática diária que faço isso, através dos treinamentos que ministro para os servidores da instituição que trabalho; através da proposição de novas tecnologias/formas de realização do trabalho de cada um; por fazê-los descobrir qual é o sentido do trabalho de cada um.

Por essa razão, e por outras, é que me preocupa a questão da administração do tempo. Perde-se muito tempo no trabalho, o que o torna ineficiente. Por outro lado, tenho lido muita bobagem de gurus americanos e brasileiros sobre o assunto que, no fundo, no fundo, estão mais preocupados em “vender-se” do que qualquer outra coisa.

Administrar o tempo é coisa bem simples e já aproveito para fazer uma correção observada pela Ana: a regra n.º 3 é, na realidade, a regra n.º 2. Pulei uma sem querer.

As três regras traduzem, na prática quotidiana, o único princípio da administração do tempo. Vai parecer tão óbvio para quem estiver lendo, que irá exclamar: pôxa, esse Chato até pensa que eu não sei disso!

Entre saber e praticar vai uma grande diferença. Talvez quem me leia saiba disso, mas garanto que a maioria, ao menos das milhares com as quais convivo pessoalmente e no trabalho, não sabem e, se sabem, não praticam.

Aí vai:

SÓ EXISTE UMA ÚNICA MANEIRA DE TER TEMPO: NÃO PERDER TEMPO.

Ainda não comentei a regra n.º 2: faça escolhas. Selecione você mesmo o que precisa para viver.

Essa regrinha é fundamental. Significa não se jogar debaixo do bonde só porque os outros estão se jogando. Significa não preocupar-se em saber de tudo para não ficar “por fora”. Significa escolher entre formar sua própria opinião ou ir atrás dos “formadores de opinião”.

Todo mundo reclama da quantidade de informações existentes hoje em dia e que não consegue dar conta de todas. É a famosa “exclusão informacional” que anda pari passu com a exclusão digital.

Nos treinamentos que faço, sempre conto uma historinha. É dessas que anda circulando pela internet, tipo “moral”. Mas é muito boa quando a colocamos em prática.

Um professor de filosofia parou na frente da classe e sem dizer uma palavra, pegou um vidro de maionese vazio e encheu-o com pedras de uns 2 cm de diâmetro.

Então perguntou aos alunos se o vidro estava cheio. Eles concordaram que estava. Então o professor pegou uma caixa com pedregulhos bem pequenos jogou-os dentro do vidro agitando-o levemente. Os pedregulhos rolaram para os espaços entre as pedras. Ele então perguntou novamente se o vidro estava cheio. Os alunos concordaram: agora sim, estava cheio!
Então professor pegou uma caixa com areia e despejou-a dentro do vidro preenchendo o restante.

- Agora, - disse o Professor - eu quero que vocês entendam que isto simboliza a sua vida. As pedras são as coisas importantes: sua família, seus amigos, sua saúde, seus filhos, coisas que preenchem a sua vida. Os pedregulhos são as outras coisas que importam: o seu emprego, sua casa, seu carro... A areia representa o resto. As coisas pequenas. Se vocês colocarem a areia primeiro no vidro, não haverá mais espaço para os pedregulhos e as pedras. O mesmo vale para a sua vida. Cuidem das pedras primeiro. Das coisas que realmente importam. Estabeleçam suas prioridades. O resto é só areia!

Então um aluno pegou o vidro que todos concordaram que estava cheio e perguntou novamente se o vidro estava cheio. Os alunos concordaram: sim, estava cheio!

Então ele derramou uma lata de CERVEJA dentro do vidro. A areia ficou ensopada com a cerveja preenchendo todos os espaços restantes dentro do vidro e fazendo com que ele desta vez ficasse realmente cheio.

Moral da história:

NÃO IMPORTA O QUANTO SUA VIDA ESTEJA CHEIA DE COISAS E PROBLEMAS, SEMPRE SOBRA ESPAÇO PARA UMA CERVEJINHA!

Há uma outra moral, que não é de brincadeira, nessa história e tem a ver com a administração das escolhas:

Escolher, na vida ou no trabalho, é determinar quais são as ATIVIDADES REALMENTE IMPORTANTES (pedras grandes) e quais as NECESSÁRIAS (pedregulhos); quais as que ENCHEM NOSSO TEMPO (vidro), mas que não têm a menor importância (areia) e quais as que nos desviam dos REAIS OBJETIVOS (cerveja).

Juntas, as três regras:

1. seja egoísta. Pense sempre, mas sempre mesmo, primeiro em você;
2. desligue a TV e cancele as assinaturas de jornais.
3. faça escolhas. Selecione você mesmo o que precisa para viver.

nos ajudam a NÃO PERDER TEMPO.

Simples. Meu dia tem 30 horas.

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[12:38] A janela do banheiro aqui de casa dá para o pátio de apartamento térreo (moro no 1º andar). Nesse ap mora um casal com um filinha de quase dois anos, a Júlia. Estava, há pouco, tomando banho quando ouço a mãe da Júlia:

- Já não te disse que não quero que coloques as mãos na terra? Olha a sujeira que está. Vamos ter que limpar.


E por aí foi brigando com a pobrezinha.


Outra pessoa ainda disse: - Meu anjo, tens que obedecer tua mãe.

O que há de errado com as pessoas? Que tipo de educação pensam estar dando para seus filhos? Será que o egoísmo - pensar apenas no "trabalho" que dá ter que lavar as mãos da criança - é tão grande que lhes impede de perceber que:

1. é bom e saudável que crianças brinquem com terra e, se quiserem, que a comam?
2. podem estar formando as piores espécies possíveis de adultos, cheios de preconceitos, medrosos, profissionais incompetentes, parceiros possessivos e toda espécie de doença imaginável?

Como pensar em um país melhor enquanto pais como esses existirem?