Blog chato à beça esse, eu hein!?
Pois é,
Tá certo, eu sei que só ficar falando de felicidade é chato. Enfim, eu avisei lá no título que eu era chato.
O que fazer se é assim que estou. O futuro é daqui há um segundo. Pronto, já chegou, já estamos no futuro da frase anterior, da palavra anterior. Sinto muito, não posso reclamar de nada (fora o governo, o Congresso, o puto do governador do meu estado, o Grêmio que vai pra terceirona se continuar assim...).
Sabem o que está acontecendo? É a gente se dar conta do que está acontecendo quando está acontecendo. Antes seria desejo; depois é passado. Estamos sempre querendo atingir alguma coisa, que quando atingimos acabamos passando por cima, sem se dar conta de que chegamos lá.
Tenho um bom trabalho, onde posso exercitar minha criatividade e independência no meu pensar; mais, exercito diariamente minha capacidade de persuasão, pois estou rodeado de pessoas que representam desafios e, acima de tudo, aceitam ser desafiadas e são profissionais o suficiente para compartilhar projetos. Não são do tipo que querem te ver destruído porque representas uma sombra pra eles (o que é mais comum). Enfim, estou no melhor ambiente profissional que já estive até hoje. E ganho bem. Não posso reclamar. Nossa situação financeira é das melhores.
Estou aqui, tomando uma cervejinha, ouvindo uma musiquinha, os gatos dormindo, em meio ao verde enquanto aguardo mais um dos manjares que a Kaya deve estar preparando pra mim. Tenho uma filha maravilhosa e outra a caminho. Quer coisa melhor que curtir a chegada de um novo ser humano? Os sonhos? Ah, os sonhos. E os olhos, os olhos que olho a toda hora. Vivemos bem. Somos pessoas tranqüilas, ela e eu. Conversamos muito. Gostamos de muitas coisas juntos. Se eu digo, vamos? Ela diz, vamos. Quando ela diz, não vamos! Eu digo, também não queria ir. Só não podemos falar de Direito. Ela trabalha na lata de lixo do Direito (Fórum). Eu sou da doutrina (onde tudo é lindo, maravilhoso).
Tenho tudo que quero (vá lá, ainda faltam uma Ferrari, um iate e ganhar na mega-sena), simples assim: um bom trabalho, uma mulher maravilhosa e minhas filhas. Árvores já plantei aos montes. E tenho o blog que faz às vezes do livro.
E tenho os amigos que aqui vêm, com toda a paciência do mundo, e me dizem: Afonso, tu és chato, mas até dos chatos a gente aprende a gostar (rsrsrs).
Ontem à noite fui no aniversário de 77 anos do sogrão. O "véio" está de namorada nova. Parecem dois adolescentes: beijinhos a toda hora, sentam juntos e abraçados. E ele trabalha. E diz que está feliz.
Felicidade é a gente saber que está feliz. É o que basta. É trabalhar e ter gente pra gente gostar.
Felicidade é ser. É apenas se dar conta de que está sendo.
Precisava partilhar. E compartilhar com quem queira "com" comigo.
(- Afonso?
- Sim, Chato?
- Amanhã é segunda-feira?
- PQP, sempre tem alguém pra querer estragar tudo. Vai dormir, Chato!!)